Eu, como pessoa super agradável que sou, e, com as diversas
manias toscas que tenho, costumo ter certa resistência para sair na rua. Mais
ainda quando tenho que ir a um local que não sou familiarizado e [que tenho que
ir] com uma constância rotineira.
Aí você me pergunta: qual a razão disso, jovem? Pois bem...
Poderia eu (ou você) pensar que é por pura preguiça de ir até um local que não
anseio ir. Também é, porém isto é o de menos. A real razão que me ergue
barreiras para sair de casa é uma um tanto quanto misantrópica: pessoas.
Sim, chame do que quiser. Antissocial, babaca, frescão, enfim. A ainda que minha convivência com os seres humanos (fala aew, marciano.) seja pouca eu sinto um refugo para com a exposição à maioria. Tal apatia se deve, como você já deve deduzir, a própria natureza babaca do homem. Seja por toda sorte de preconceitos ou ideologias malucas, falta de senso ou simplesmente pelo caráter desprovido de um certo bombom de chocolate com coco feito pela Nestlé.
Sim, chame do que quiser. Antissocial, babaca, frescão, enfim. A ainda que minha convivência com os seres humanos (fala aew, marciano.) seja pouca eu sinto um refugo para com a exposição à maioria. Tal apatia se deve, como você já deve deduzir, a própria natureza babaca do homem. Seja por toda sorte de preconceitos ou ideologias malucas, falta de senso ou simplesmente pelo caráter desprovido de um certo bombom de chocolate com coco feito pela Nestlé.
Essa explicação toda do meu pensamento sobre as pessoas
unicamente para introduzir o que quero expressar aqui neste texto.
É esse pensamento com uns trinta passos atrás que me desencoraja de sair, mesmo assim, às vezes é inevitável. O engraçado é que quase todas as minhas concepções de comportamentos nada legais são testemunhadas por mim quando ponho o bendito pé na rua.
Não vou citar um por um aqui. Não quero nada com isto neste texto. Quero me ater somente a um desses comportamentos bem comuns que temos1 para com uma parcela da população em específico: pessoas com deficiência; física e/ou mental.
É esse pensamento com uns trinta passos atrás que me desencoraja de sair, mesmo assim, às vezes é inevitável. O engraçado é que quase todas as minhas concepções de comportamentos nada legais são testemunhadas por mim quando ponho o bendito pé na rua.
Não vou citar um por um aqui. Não quero nada com isto neste texto. Quero me ater somente a um desses comportamentos bem comuns que temos1 para com uma parcela da população em específico: pessoas com deficiência; física e/ou mental.
Sem tem uma coisa que pode me deixar irritado por “nenhum
motivo aparente” é essa constante falta de bom senso por GRANDE parte das
pessoas para com deficientes2. E não, não estou falando do
preconceito ‘comum’ que muitos infelizmente ainda sofrem. Estou me referindo a
categoria específica de acepção (até involuntária), isto é, olhares.
Sim. Uma coisa simples dessa, mas que deficientes incorrem
praticamente toda vez que saem para
as ruas.
Agora você pode estar confuso. “Tá, e daí? Eu também recebo olhares na rua toda hora”. Verdade. Assim como eu, sua tia, sua mãe, seu irmão, sua namorada(o) e por aí vai. Só que tem uma ‘pequena’ diferença. Não sei se você percebeu ou simplesmente escolheu não perceber... VOCÊ não é observado por uma “plateia” de gente ao mesmo tempo e de forma constante e contínua. Tirando a ocasião de você ou alguém estar fazendo firulas (ou algo interessante, de fato. Ou algum outro motivo pessoal do observador) você não é seguido por olhares diversos aonde quer que vá.
Agora você pode estar confuso. “Tá, e daí? Eu também recebo olhares na rua toda hora”. Verdade. Assim como eu, sua tia, sua mãe, seu irmão, sua namorada(o) e por aí vai. Só que tem uma ‘pequena’ diferença. Não sei se você percebeu ou simplesmente escolheu não perceber... VOCÊ não é observado por uma “plateia” de gente ao mesmo tempo e de forma constante e contínua. Tirando a ocasião de você ou alguém estar fazendo firulas (ou algo interessante, de fato. Ou algum outro motivo pessoal do observador) você não é seguido por olhares diversos aonde quer que vá.
Sejamos racionais... não estou julgando quem cruza uma
pessoa que possui algum tipo de deficiência e olha com certa surpresa por
ocasião da forma extraordinária e repentina que vê tal pessoa na rua.
Infelizmente algumas doenças ou condições deformam ou alteram a característica
física considerada normal pela sociedade e pela ciência e por mais que
treinemos nós mesmos a encarar de forma natural pessoas que possuem tais
diferenças, às vezes o baque é inevitável.
O que critico e desprezo... é uma parcela de pessoas que
passa por estas pessoas na rua e ficam as encarando FIXAMENTE como se
estivessem num próprio circo de horrores. O nível dessa atitude é tão
estrondosamente patético que algumas pessoas chegam a pôr de lado seus afazeres
para contemplar a aberração que ali
perpassa.
E fica pior. EU já vi pessoas tão miseráveis de si que
debochavam de alguém que possuía alguma deficiência. Arbitrariamente... não
conheciam a pessoa, não sabiam nada sobre a pessoa e que mesmo assim
escarneciam de uma característica que nem sequer a pessoa teve direito de
escolher ter. Onde está a humanidade nisso? A pessoa que você está encarando ou
até diminuindo, mesmo não possuindo aparência condizente com a de um “humano
normal” pode ser muito mais gente que você!
Tento encarar esta atitude como uma falta de educação,
instrução ou orientação por parte dos pais ou da(s) pessoa(s) que criou, pois
me recuso a acreditar que alguém possa fazer condenação, que alguém possa
encarar com desprezo, nojo ou mesmo com a desculpa da ‘curiosidade’ para outrem
com algum tipo de desabilidade/deficiência.
A maturidade também emprega seu papel nisso. Se formos fazer um paralelo rápido essa capacidade (tá mais para infantilidade) de taxar ou julgar os ‘diferentes’ é muito familiar a aquela que bullies3 fazem nos colégios, faculdades ou qualquer agrupamento de gente que se encontre de forma constante para um fim em comum. Se alguém tem alguma coisa dita por esquisita pela maioria, este alguém é logo identificado, rotulado, tachado pela sua particularidade...
E por favor, não encarem minha forma de tratar este assunto
e estas pessoas como pena, “White-knightismo”,
ou alguma forma de defender uma minoria. O que quero, e espero, é que
pessoas, deficientes e não deficientes, sejam tratadas igualmente não vistos
como uma parcela exclusiva e alienígena (não
neste sentido que está pensando!) entre os seres humanos prepotentemente
chamados de normais...
1-Primeira pessoa do plural porque querendo eu ou não... eu sou um ser humano.
2-Odeio usar essa palavra para este sentido, mas para poupar tempo e espaço no texto tive que me utilizar dela.
3-Valentões, gente que pratica bullying.
De fato, Ediel.
ResponderExcluirA coisa fica mais constrangedora ainda quando as pessoas enxergam deficientes como coitadinhos, considerando sua condição inferior. Falácia pura, já vi ditos "deficientes" que fazem o que "não deficientes" nunca sonharam em fazer.
Essas pessoas não são consideradas normais, mas fazem o que gente dita normal não faz.
Mas é aquilo mesmo, tudo o que é fora do usual vira objeto de taxação, comportamento ridiculamente típico dos humanos.