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terça-feira, 21 de maio de 2013

[Divagação] Soletre diferença: D-I-S-C-Ó-R-D-I-A

‘Insuportáveis’. Esta é a palavra que melhor define estes últimos dias... Não sei precisar o porquê exatamente (mentira). Talvez ficar em casa seja pior do que se sentir preguiçoso afinal de contas. De qualquer forma, vejo que meus pais são bem dedicados em manter-se como sempre foram... em especial minha mãe. Quem dera isto fosse algo bom.

Quisera eu estar estudando ou fazendo algo de útil para não testemunhar (?) algumas coisas por a cá, mas como não estou, tenho o desprazer de ficar sob a tutela exageradamente cristã e direitista. O pior é que esta não é uma coisa que se possa escolher, se poder evitar. Com ajuda da faculdade eu evitaria... muito obrigado governo.

As chateações, restrições, desdém, menosprezo permeiam TODAS as áreas. Mesmo de uma coisa “insignificante” pode ser criticada. Por que não, não é? “Vamos lá criticar toda e qualquer coisa sem nem saber o que se passa, e melhor, sem nem QUERER saber o que se passa e com quem se passa!” Mais ou menos desta forma se destrincha o que meus pais pensam de grande parte do que faço. Parece que por mais que eu tente fazê-los aceitar, (nem é que eu queira que eles mudem a forma como pensam, só quero que eles compreendam que eu sou um ser humano, um indivíduo, INDIVIDUAL.), mas eles se obstinam sobre tudo. Eu posso e tenho minhas referências/manias/ideologias/idiossincrasias que são minhas! E não preciso que eles apoiem o que eu faço ou deixo de fazer, mas custa respeitar? Isto vai de qualquer campo... qualquer. Seja uma coisa simples como, sei lá... gostar de Pokémon até a “caralhudamente” arraigada religião.
Tudo, tudo é um pé para reclamar de algo. Não podem diferir. “Se existem diferenças é porque VOCÊ está errado e isso não é certo. O meu modo é certo!”
 
Meus pais são o modelo de direita arquetípico típico. São ótimos para dar necessidades elementares (comida, abrigo, etc), mas são uma merda para se discutir com opiniões opostas. (Isso se deixarem eu falar sem mostrar desprezo... que não é o que acontece.)
Nada nunca é relevante. Tudo é “uma coisa besta”. Os pesares deles sempre foram mais “fardeosos” do que os nossos. É a mesma coisa que dizer que eu sou um fraco e meus problemas são uma merda. Novamente... é muito fácil dizer que algo é fácil/difícil não estando na situação e pior, não sendo a pessoa. Nós humanos temos essa mania de inferiorizar o pesar do outro. “Não; é porque o MEU problema é mais grave.” Andar é uma coisa simples... para quem tem pernas. 

Esta é uma das coisas que não tem valor equivalido (não de forma plena). É muito fácil dizer que um suicida é um covarde estando com sua família estruturada e reunida nos finais de semana na casa de praia já paga.

Pessoas são diferentes. Por mais que todos tenham ‘n’ coisas em comum, alguma hora, alguma coisa vai diferir. Pessoas não são clones, gêmeos não concordam, pelo contrário! E até onde a ficção deixa-nos ir, nem clones são iguais. Isto deita-se no princípio da mente (visão de mundo, etc). Mesmo que duas pessoas fisiologicamente idênticas sejam criadas da mesma forma pela mesma pessoa ELES IRÃO DIFERIR. A menor das coisas a faz diferir, um fenótipo a faz diferir, quem dirá sua própria consciência!

Então me digam... por que, por que ainda é tão difícil aceitar diferenças? É porque alguém é de uma cor, religião, sexo, ideias, nacionalidade ou ‘seja o que for’ diferente que você não deve respeitá-la? Onde está o ser humano nisso? O que se observa é que as pessoas não querem a unificação de si... elas querem a reprodução de si mesmas. Querem que todos sejam à sua imagem e semelhança, “porque desta forma é a melhor forma!” Não querem se unificar pelas suas diferenças... o que seria muito mais nobre.
Ao invés disso se matam pelas desigualdades, querendo à preço de sangue tornar o do (o sangue) outro igual ao seu...

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