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sexta-feira, 24 de maio de 2013

[Opinião] Gibe me cotas, plox


Antes de começar a escrever, quero dizer que não direi se sou ou não a favor de cotas raciais (apesar de ser um artigo de opinião. haha). Então por favor, leia e mantenha a mente aberta para tirar suas próprias conclusões.

Pois bem, a escravidão no país durou cerca de 390 anos e terminou por interesse comercial, não foi um ato generoso da parte da nossa querida e famosa princesa Isabel. E quando isso ocorreu, não foi muito bem planejado.

Apenas abriram as portas das grandes fazendas e disseram: “vão, vocês são livres para competir de igual para igual por emprego, moradia e o que mais o capitalismo tiver para nos oferecer”.
Não tinham estudo nenhum, pouca habilidade para desenvolver diálogos longos com os brancos e mais uma porção de desvantagens. É nesse cenário igualitário que nasceu o preconceito racial. Os negros, sem trabalhos, se reuniram nos botecos e logo ganharam a fama de vadios.

Mudando radicalmente o foco, todos nós sabemos que a tendência é que cada geração seja melhor que a anterior.  Nossos avôs lutaram para que nossos pais tivessem uma vida melhor que a deles, nossos pais fizeram a mesma coisa por nós.

Os brancos (em sua maioria( houve exceções)) caminharam assim:
Seu trisavô sabia as vogais, seu bisavô além das vogais sabia somar e subtrair, seu avô foi até o fundamental, seu pai concluiu o segundo grau e faculdade, você provavelmente visa um mestrado ou doutorado.

Os negros brasileiros (em sua maioria esmagadora (houve exceções)) caminharam da seguinte forma:
Seu trisavô era escravo, seu bisavô teve dificuldade para arrumar um emprego ou estudar, seu avô sabe as vogas (e até somar pra tentar acompanhar o tempo perdido), seu pai chegou ao fundamental, você está enfrentando dificuldades, mas pretende concluir o segundo grau.

Concluindo, cotas não foram criadas para discriminar a capacidade intelectual do negro, apenas para tentar diminuir a competição desigual pelas concorridas vagas nas universidades.


Como sabemos isso virou uma grande confusão (bem-vindos ao Brasil). Mas isso já é assunto pra outro texto.

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