Antes de começar a escrever, quero dizer que não direi se
sou ou não a favor de cotas raciais (apesar de ser um artigo de opinião. haha). Então por favor, leia e mantenha a mente
aberta para tirar suas próprias conclusões.
Pois bem, a escravidão no país durou cerca de 390 anos e
terminou por interesse comercial, não foi um ato generoso da parte da nossa
querida e famosa princesa Isabel. E quando isso ocorreu, não foi muito bem
planejado.
Apenas abriram as portas das grandes fazendas e disseram:
“vão, vocês são livres para competir de igual para igual por emprego,
moradia e o que mais o capitalismo tiver para nos oferecer”.
Não tinham estudo nenhum, pouca habilidade para desenvolver
diálogos longos com os brancos e mais uma porção de desvantagens. É nesse
cenário igualitário que nasceu o preconceito racial. Os negros, sem trabalhos,
se reuniram nos botecos e logo ganharam a fama de vadios.
Mudando radicalmente o foco, todos nós sabemos que a
tendência é que cada geração seja melhor que a anterior. Nossos avôs lutaram para que nossos pais
tivessem uma vida melhor que a deles, nossos pais fizeram a mesma coisa por
nós.
Os brancos (em sua maioria( houve exceções)) caminharam
assim:
Seu trisavô sabia as vogais, seu bisavô além das vogais
sabia somar e subtrair, seu avô foi até o fundamental, seu pai concluiu o
segundo grau e faculdade, você provavelmente visa um mestrado ou doutorado.
Os negros brasileiros (em sua maioria esmagadora (houve
exceções)) caminharam da seguinte forma:
Seu trisavô era escravo, seu bisavô teve dificuldade para
arrumar um emprego ou estudar, seu avô sabe as vogas (e até somar pra tentar
acompanhar o tempo perdido), seu pai chegou ao fundamental, você está
enfrentando dificuldades, mas pretende concluir o segundo grau.
Concluindo, cotas não foram criadas para discriminar a
capacidade intelectual do negro, apenas para tentar diminuir a competição
desigual pelas concorridas vagas nas universidades.
Como sabemos isso virou uma grande confusão (bem-vindos ao
Brasil). Mas isso já é assunto pra outro texto.
Nenhum comentário:
Postar um comentário